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DPI institui equipe de capacitação continuada

DPI institui equipe de capacitação continuada

26/09/2013

Um dos segredos para uma gestão eficaz no presente século, está na capacitação continuada do ser humano, processo durante o qual o profissional dos diferentes segmentos é submetido a constantes requalificações na sua área de atuação, o que propicia a execução de excelência das tarefas diárias que esse profissional desempenha.


O policial civil também está inserido nesse contexto, tanto está, que a Divisão Policial do Interior (DPI) - designou uma equipe de servidores, para  desenvolverem palestras e cursos, visando a requalificação de todos os policiais lotados nas unidades policiais sob sua jurisdição.


Essa importantíssima missão foi delegada a dois policiais de alta capacitação: o investigador de polícia Carlos Alberto Azevedo Gomes e o escrivão de polícia Roberto Carlos de Castro, que estão desenvolvendo esse trabalho, a fim de cumprir uma das diretrizes inseridas no Plano de Gestão Estratégica da Divisão.


Azevedo tem 44 anos, é divorciado, tem dois filhos e ingressou na Polícia Civil do Paraná no ano de 2000. Sua vontade de ser um investigador nasceu diante da tragédia que vitimou seu pai, no ano de 1989, durante um latrocínio ocorrido na cidade de São Paulo, cidade que nasceu e cresceu. Todavia a sua idéia tomou um novo rumo, lopo após o nascimento de seu primeiro filho, hoje com 19 anos.


Antes de ingressar na Polícia, Azevedo trabalhou com transporte de valores na empresa PROSEGUR. Após passar pelas delegacias de Pato Branco, Coronel Vivida, Cascavel e Foz do Iguaçu, acabou mudando completamente a visão da instituição que era desacreditada perante a sociedade.


Em Cascavel, onde trabalhou por cerca de seis anos e se graduou em Direito, trabalhou na Delegacia de Homicídios e foi coordenador do Grupo de Diligências Especiais (GDE), na administração do delegado Luiz Gilmar da Silva, até o ano de 2008, quando foi transferido para Foz do Iguaçu e permaneceu no GDE até a sua vinda para a DPI.


Professor e instrutor de operações policiais e tiro prático da Escola Superior de Polícia Civil, o investigador, que é pós-graduado em Segurança Pública e Cidadania pela Unioeste de Toledo, já fez parte do corpo docente do SENASP do Paraná e Mato Grosso do Sul, além de ser agente multiplicador do ENAFROM – Estratégia Nacional de Fronteiras.


Durante os treze anos de trabalhos prestados na Instituição, desenvolvendo as mais variadas funções, Azevedo traz para a DPI, uma grande carga de informações e experiências, que a partir de agora serão repassadas a todos os policiais do interior.


Firmando uma grande parceria com o investigador, Roberto Carlos de Castro, 49 anos, casado, três filhos, ingressou na Polícia Militar em 1986. Oito anos depois, acreditando que houvesse um maior campo para desenvolver seu trabalho com excelência, tornou-se escrivão da Polícia Civil do Paraná.


Nascido em Santo Antonio da Platina, é formado em Direito, pós-graduado, além de ser professor Universitário. Trabalhou nas delegacias de Jacarezinho, São José da Boa Vista, Andirá, Curitiba, Abatiá, Ribeirão do Pinhal, Santo Antonio da Platina, Bandeirantes e Foz do Iguaçu.


Durante os 27 anos de serviço prestados à Secretaria de Segurança Pública, Castro realizou trabalhos operacionais, de rádio patrulha, desocupação de terras em áreas de conflito, ganhou experiência atuando na área administrativa, financeira, além de exercer a função de escrivão chefe.


Com a experiência adquirida durante sua vivência, o escrivão acredita que poderá repassar muitas informações e aprendizados aos colegas policiais.


De acordo com Castro “o programa de capacitação continuada não irá mudar a Polícia Civil, mas tende a transformar e melhorar as pessoas, e essas sim, podem mudar a Polícia Civil para melhor”.


Os cursos de capacitação tiveram início na semana passada em Paranaguá. Além de levarem Know How aos policiais das Subdivisões com treinamentos específicos, objetivando uma melhor execução da atividade policial no dia a dia, as palestras visam o aprimoramento da qualidade do serviço prestado ao cidadão e, por consequência, a motivação e a valorização do trabalho do profissional da Polícia Civil.


No quesito operacional, o investigador Azevedo exibiu um audiovisual onde foram elencadas técnicas operacionais de proteção ao policial e ao cidadão no momento de abordar pessoas em diferentes situações, além da maneira correta de sacar e  manusear a arma em diversificadas operações, a utilização de algemas e a condução e tutela de pessoas detidas.


O investigador ainda debateu com os policiais da Subdivisão a maneira de se evitar rebeliões de presos nas delegacias de polícia, mas caso elas aconteçam, o policial também deu dicas de quais devem ser os procedimentos adotados dentro dos limites permitidos pela lei. Para o policial, “as palestras que estão sendo ministradas são de fundamental importância aos profissionais da segurança pública, não só pelo conteúdo das regras de segurança, mas também, no sentido de clarificar que o policial é um propagador dos direitos humanos e, por extensão, um defensor da dignidade humana”.


Já o escrivão Castro, discorreu sobre  a importância da confecção adequada do Boletim de Ocorrência Unificado, o qual subsidiará os procedimentos investigatórios de Polícia Judiciária, alimentando o sistema atividades cartorárias que gerará eletronicamente, o Termo Circunstanciado de Infração Penal (TCIP), o Inquérito Policial, os Autos de Prisão em Flagrante, o Boletim de Ocorrência Circunstanciado e Auto de Apreensão em Flagrante de Ato Infracional - (sendo que os dois últimos se referem a atos praticados por adolescentes infratores).  Para Castro, a qualidade e a celeridade na produção dos documentos acima descritos, são de fundamental importância para  que o Ministério Público denuncie os culpados e o Poder Judiciário recepcione tais denúncias com a consequente condenação daqueles que cometeram  atos culposos. 


Ele enfatizou aos servidores da cidade litorânea, a missão precípua que desenvolve o policial no seu mister de bem servir a sociedade e o que essa sociedade espera da polícia quando a procura.


A investigadora de polícia Luíza Helena dos Santos participou do curso e comemorou a oportunidade. “A capacitação foi de muita valia, pois estávamos precisando de algo assim há muito tempo. Os policiais que vieram ministrar o curso, Castro e Azevedo, são muito bons. Precisamos de mais ações como essa, pois reciclar é muito importante na nossa profissão”, opinou.


Azevedo destacou também a importância dos policiais civis no curso, os quais demonstraram grande entusiasmo e interesse.


A partir de amanhã (25), a equipe começará os trabalhos na 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, região dos Campos Gerais.

 

www.dpi.policiciacivil.pr.gov.br

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