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O delegado adjunto da Polícia Civil de Foz do Iguaçu, Geraldo Evangelista de Souza Junior alerta aos iguaçuenses para uma nova prática de golpe na cidade. “Por enquanto, tivemos notícia de um fato, porém essa paciente não veio fazer a ocorrência; ninguém quis vir à delegacia prestar declarações ou registrar boletim, o que dificulta bastante”, lamentou.
Geraldo Evangelista tomou conhecimento do caso na sexta-feira, dia 17. Uma mulher que recebeu a ligação de um golpista no telefone do quarto onde o marido estava internado. O nome da vítima, bem como da unidade hospitalar da cidade não foram divulgados à imprensa.
O golpista, passando-se por funcionário do hospital, quis saber como estava o paciente que ficou em observação durante dois dias para diagnosticar o motivo de uma febre alta. Na sequência, o golpista ‘informou’ que o problema de saúde era decorrente de uma bactéria e que, para o tratamento seria necessária a compra de um medicamento que não estaria disponível no hospital. Para garantir a eficácia do golpe, o suporto funcionário fez diversas ligações para o quarto do paciente e disse que a compra deveria ser efetuada diretamente para o laboratório e solicitou o depósito.
A mulher foi lesada em R$ 2,5 mil e acionou a direção do hospital que passou a alertar todos os pacientes. Os celulares de onde as ligações foram feitas são provenientes do estado do Mato Grosso do Sul — DDD 67 — e a suspeita é que o golpe seja mais uma armação de presidiários.
Por isso, o delegado alerta que todo o cuidado é necessário ao receber ligações suspeitas. “As vítimas devem conhecer aqueles scripts mais comuns que os estelionatários usam. Geralmente ligam a cobrar, pedem informações que nunca devem ser prestadas — porque dessa forma se está ajudando eles cada vez mais a armar essa trama —, nunca depositar antecipadamente nenhum tipo de valor em contas bancárias e, sempre procurar a administração do hospital para relatar e averiguar junto aos órgãos formais a necessidade desse depósito prévio”, destacou o delegado Geraldo Evangelista.
Outros golpes
Geraldo Evangelista afirma que os presidiários encabeçam uma série de golpes por celular. “Os mais comuns são os falsos seqüestros ou as falsas premiações de casas, de carros; o golpe da lista telefônica; do carro quebrado”, assegura.
Numa época em que o iguaçuense está mais endividado, cresce também o assédio de consultores de bancos para oferta de créditos de todos os tipos. O delegado alerta que os golpistas também estão agindo com essa falsa proposta. “Até mesmo empréstimos são ‘contratados’ por telefone por golpistas”, acrescenta.
A oferta de dinheiro fácil, ou de vantagens muito grandes, atrai as vítimas. O delegado aconselha muita cautela. “Todos os golpes por telefone envolvem a facilitação de dinheiro, o que iludem as vítimas. A maioria desses golpes é de DDDs de outros estados, bem como as contas bancárias para depósitos dos valores solicitados”, pondera. O registro da ocorrência é fundamental para que a polícia possa investigar, promover a quebra de sigilos telefônico e bancário e chegar aos golpistas. (Por Mônica Cristina Pinto – Jornal A Gazeta do Iguaçu)
Fonte: Jornal A Gazeta do Iguaçu / Enrique Alliana
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