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Dados apresentados pelo Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) relativos ao ano de 2012 apresentados durante uma assembleia estadual relacionada ao número de mortes dentro de Censes (Centro de Socioeducação) no Brasil trouxeram uma preocupação a mais para os conselheiros que trabalho com o intuito de proteger crianças e adolescentes.
Os registros apontam uma realidade que até então não se conhecia. Segundo o relatório apresentado, no ano de 2012, em todo Brasil, 30 menores morreram dentro do sistema socioeducativo. O número supera uma média mensal de dois adolescentes por mês e significa que a cada quatro meses, dez menores morrem no cumprimento de uma medida privativa ou restritiva de liberdade.
Segundo um conselheiro que participou da reunião, ocorrida no fim de setembro, e que preferiu não se identificar, no Paraná foram duas mortes em 2012. “Claro que os menores que estão internos possuem conflitos com a lei, mas a partir do momento em que óbitos acontecem, eles precisam ser investigados, mensurados e principalmente evitados”.
De acordo com ele, dados referentes a mortes nas unidades nos últimos quatro anos foram solicitados junto à Secretaria de Família e Desenvolvimento Social. “Com números em mãos poderemos avaliar como estão sendo feitos os trabalhos nas unidades de todo Paraná”.
Para o conselheiro, a questão da estrutura, muitas vezes, é um dos principais impedimentos para que o menor se ressocialize. “São ambientes em sua maioria fechados, sem infraestrutura para que o menor pratique esporte, aprenda uma profissão, e sendo assim o que acaba acontecendo é que ele volta a praticar o mesmo delito”.
Conforme dados solicitados pelo Portal de Noticias do O Paraná, a Secretaria de Família, o número de adolescentes reincidentes tem caído nos últimos três anos. Desde 2011, o número de reincidentes caiu de 33% para 22% em 2013, quase metade da média nacional apontada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em 2012, que era de 43%. (Por Tissiane Merlak / O Paraná)
Fonte e Foto: Portal de Noticias O Paraná / Enrique Alliana
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